sábado, 2 de julho de 2011

Não há a possibilidade de instalar BRT na Paralela, diz Wagner

Presente no desfile do 2 de Julho, o governador Jaques Wagner foi questionado pelo Portal da Metrópole sobre a possibilidade de mudar de ideia e, ao invés de instalar trilhos na Avenida Paralela, optar pelo BRT (Bus Rapid Transit) no local, por conta da pressão do secretário da Casa Civil municipal, João Leão (PP), e de alguns vereadores.
O governador negou a possibilidade de mudança. "Eu já disse que essa é uma questão técnica, e não política. Tecnicamente, já foi comprovado que a opção dos trilhos é a melhor", disse o governador.
Ainda sobre a escolha do modal de transporte para Salvador, Wagner foi respaldado pelo secretário estadual do Planejamento (Seplan), Zezéu Ribeiro. "A decisão já foi tomada. A expectiva é de lançar a licitação no final do ano e começar as obras no início de 2012", afirmou.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dois de Julho

O movimento "Salvador sobre Trilhos" estará presente na manifestação de 2 de Julho, junto com os protestos do DIA DO BASTA. Às 8h e 30min na Lapinha.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dez pessoas ficaram presas no Elevador Lacerda

A decisão foi tomada e não se volta atrás: as cidades de Salvador e Lauro de Freitas terão trilhos (Metrô ou Monotrilho). Agora, sr. prefeito e vereadores, é hora de trabalhar para cuidar da nossa cidade que está precisando de muita atenção. Cuidar do Elevador Lacerda e dos Planos Inclinados pode ser um bom começo, mãos à obra!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vereadores também defendem interesses das empresas de ônibus

Vereadores de Salvador que não querem o Metrô e estão defendendo os interesses das empresas de ônibus: Teo Senna (PTC), Henrique Carballal (PT) e  Jorge Jambeiro (PSDB). Vamos lá soteropolitanos e soteropolitanas, vamos banir este pessoal da política, vamos fazer uma corrente contra este tipo de gente!



terça-feira, 28 de junho de 2011

Carneiros e Leões como urubu na carniça

O pessoal da prefeitura de Salvador está desesperado para que as cidades de Salvador e Lauro de Freitas não tenham metrô e continuem no atraso do corredor de ônibus, assim eles podem garantir a exploração do serviço pelas empresas de ônibus que já prestam (péssimo) serviço. 


Eles acionam todas as forças contrárias ao Metrô, inclusive o ministro das cidades Mário Negromonte que tem se mostrado à serviço desta politicagem ultrapassada, mesquinha, e que de forma alguma defende os interesses dos que necessitam de transporte coletivo e estão no caos do engarrafamento. Mas a culpa é do próprio PT ao escolher uma pessoa despreparada ou com más intenções para ocupar a pasta de ministro da cidade. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reunião

Reunião para estudarmos os novos rumos do movimento "Salvador sobre Trilhos", nesta quarta-feira às 19h. Ed. Salvador Trade Center, Torre Sul, sala 605. Necessário confirmar presença pelo e-mail vltemsalvador@gmail.com pois o local espaço é pequeno, por isso mesmo é importante a confirmação para que possamos ter ideia da quantidade de pessoas.

Estudantes chilenos fazem grande manifestação por educação de qualidade e gratuita

O povo chileno, guerrilheiro por sua natureza, vive momentos de grande mobilização popular em que estudantes tomaram as universidades e fazem grandes manifestações nas ruas por educação de qualidade e gratuita. Gostaríamos que os nossos estudantes se espelhassem neste exemplo e promovessem manifestação pelos mesmos motivos e por transporte coletivo de qualidade. É preciso estar claro que a péssima qualidade da educação no Brasil resulta em pessoas sem qualquer consciência política e que servem de massa de manobra para políticos inescrupulosos. Veja este vídeo em que eles querem dizer que a educação no Chile está morta, e olhe que o Chile é referência na América Latina em qualidade de educação (imagine se eles soubessem o nível de educação do Brasil, o que diriam?). VAMOS À MOBILIZAÇÃO, ESTUDANTES!
Este vídeo lembra uma matéria que já postamos neste blog: A má qualidade da educação está intrinsecamente ligada à má qualidade do transporte público. O vídeo que você verá expõe a situação em outro estado do Brasil, mas bem que poderia ter sido feito aqui na Bahia. A má qualidade da educação está intrinsecamente ligada à má qualidade do transporte público que temos, talvez seja intencional, quanto mais "analfabetos políticos" melhor para a prestação de péssimos serviços públicos, corrupção e práticas eleitoreiras. Leia agora!

domingo, 26 de junho de 2011

Happy end na Paralela

Este brilhante texto do prof. Paulo Ormindo resume a crença que nos fez criar o movimento "Eu quero VLT em Salvador"/"Salvador sobre Trilhos": a mobilização popular é imprescindível, é o caminho para conquistarmos uma sociedade mais justa e melhor para todos. Somos um movimento cidadão, uma organização da sociedade sem ligações de dependência com políticos, com partidos políticos e empresas. Participe, ainda há muito o que fazer.


Happy end na Paralela
Por Prof Paulo Ormindo.


Mais que analisar a solução apontada para a ligação Acesso Norte - Lauro de Freitas, quero aqui analisar o processo. A primeira lição do episódio é que Salvador já não é a mesma de 2007, quando a Câmara de Vereadores aprovou na calada da noite o PDDU vigente. Apesar de não ter havido audiências públicas, foi intensa a mobilização da sociedade em torno da escolha do sistema de transporte na RMS, através de jornais, blogs, rádios e reuniões promovidas por instituições como Crea-BA ou convocadas por vereadores e deputados estaduais. Esta ação cidadã foi decisiva na definição do modal de mobilidade.


Aquilo que parecia impossível, vencer o poderoso consórcio do BRT, acabou acontecendo. Recorde-se que o projeto do Setps, iniciado em 2003, foi um dos vinte oferecidos por investidores privados e encapados pela prefeitura no pacote Salvador capital mundial. O Setps e a construtora consorciada realizaram o levantamento topográfico da rota e financiaram os estudos preliminares da TTC - Engenharia de Tráfego e Transportes na certeza de ganhar a concessão e impor o BRT como paradigma para a RMS. Para isso publicaram revistas, trouxeram jornalistas, promoveram viagens e investiram em um lobby milionário.


Não se pode ignorar o papel que tiveram movimentos populares como “Salvador sobre Trilhos”, “Eu quero VLT em Salvador”, “A cidade também é nossa”, e “Associação de Ferroviários”. Esta foi uma grande vitória desses movimentos, já que a elite manteve o tradicional silêncio obsequioso, mas haverá de gritar quando não puder mais sair da garagem. O povo não está interessado em eventuais jogos a que não poderá assistir. Ele quer é passar menos tempo dentro de um ônibus com chassi de caminhão superlotado, com curral e torniquete kafkiano. Sua paciência já se esgotou e os protestos, bloqueio de avenida e estações ameaçam repetir o “quebra bonde” de 1930.


Mas não se pode deixar de reconhecer o papel desempenhado por Zezéu Ribeiro. Político hábil, ele tem sabido utilizar estes movimentos para contrabalançar a pressão de poderosos lobbies, como já havia demonstrado ao mudar a localização do porto sul que ameaçava destruir uma das mais sensíveis APAs do Estado. No caso presente, além de fazer ecoar as manifestações contra o péssimo sistema de buzus, explorou as contradições do capitalismo ao abrir o PMI a outros grupos e exibir suas propostas no site da Seplan. Isto destruiria o mito do BRT com única solução possível.


Zezéu pegou o bonde andando e tenta dar tecnicidade a uma secretaria desaparelhada. Mas uma andorinha só não faz verão. É preciso se criar um processo institucional de gestão planejada e participativa. O atropelo desta escolha demonstra que não havia no governo nenhum pensamento sobre a RMS e transporte de massa. Não se sabe como descongestionar a capital, nem como infraestruturar a RMS. Precisamos restaurar a função do planejamento, reduzido pelos políticos a um instrumento, a posteriori, de legitimar decisões autoritárias. Este não é o caso em pauta. De que vale fazer audiências públicas e atualizar pesquisa de origem e destino a esta altura?


A decisão adotada foi acertada, distinguindo vias “troncais”, de transporte de massa sobre trilhos, e vias transversais capilares, operadas por BRT e ônibus comuns. No meu entender, o monotrilho está descartado. Seu impacto visual e difícil acessibilidade a uma plataforma de 35m de altura o desqualifica. O metrô de superfície com pequenos mergulhos nos cruzamentos é perfeitamente viável no prazo estabelecido e atende à exigência da presidente de conclusão do metrô. Ele elimina desapropriações e os 27 viadutos da consorciada do BRT. Os carros do metrô já estão aqui. A grande questão é quem administrará este sistema misto, mas para isso temos tempo.


Em resumo, o episódio da escolha do modal da ligação Acesso Norte – Lauro de Freitas mostrou a força dos movimentos populares e que o planejamento da RMS e da Bahia não pode ficar a mercê da eventual titularidade da Seplan por um técnico competente e íntegro. Deve ser uma política de Estado com quadros idôneos dispostos a ouvir a comunidade, que deveria ser o principal objetivo da política.


Fonte: Jornal A Tarde, 26/06/2011 - Caderno 1, folha 2.


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